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quarta-feira, 18 de março de 2009

Rosa de Lima


Rosa de Lima ( Mulher guerreira)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Feiras de artesanatos em canaan sede.

artesães de Mundau
Rosa De Lima em uma entrevista...

Curso de renda de bilro/tecido ( Amostras)


















Vitor
( Prof e Coodenador do grupo de dança Classica "CORPUS")

sexta-feira, 6 de março de 2009

LivroTecendo Rendas e Vidas - Artesãs de Canaan

 Tecendo Rendas e Vidas - Artesãs de Canaan
Livro conta histórias de rendeiras de bilros
Cientista política lança livro sobre as rendeiras de Canaan, distrito de Trairi. A obra traz história de vida dessas mulheres que mantêm a tradição da renda de bilros
Rita Célia Faheina da Redação
08 Jul 2008 - 00h11min

"...E os dedos trocam os bilros
num vaivém de ritmos atroantes
e é como se mãos de crianças se enredassem nos
desenhos do estrado
que a artesã-rendeira vai ao tempo bordando..."
A Rendeira, de José Alcides Pinto


"Em Canaan, todo mundo faz renda e eu aprendi, ainda criança, com minha mãe". A infância da cientista política Rosa de Lima Cunha, 66, vivida no pequeno distrito de Trairi, no Litoral Oeste do Ceará, foi o maior incentivo para que retornasse à localidade e iniciasse um trabalho de organização das mulheres que fazem rendas de bilros. Há três anos, acompanha a atividade solidária de 170 mulheres rendeiras que mantêm a tradição passada de geração a geração há um século.

O trabalho de Rosa gerou bons frutos. Criou-se uma associação das trabalhadoras e foi feita a organização para o comércio, eliminando a presença do atravessador. "Antes, as rendeiras do Canaan vendiam as peças fabricadas de acordo com a sua necessidade. Podia valer um caderno, um quilo de farinha, o produto que ela estivesse precisando no momento. Agora, não. Participam de feiras até fora do Estado e vendem para a Central de Artesanato (Ceart), em Fortaleza", diz a cientista política.

Rosa Cunha mora em Brasília há mais de 30 anos e começou a acompanhar as mulheres rendeiras de Canaan depois de se aposentar. "Buscamos resgatar o belo da renda de bilros. Hoje, há muitas peças industrializadas e foi desvalorizado o trabalho feito à mão". Para incentivar ainda mais e manter viva essa tradição nordestina, a cientista política, que nasceu em Canaan, vai lançar um livro no próximo dia 26, sobre as trabalhadoras que sobrevivem de sua arte.

Tecendo Rendas e Vidas - Artesãs de Canaan é o título que escolheu para as histórias das mulheres rendeiras. "São gerações de 13 anos a 94 anos de idade, suas formas de vida, sua arte, fé, sonhos". Rosa contou com a colaboração da arquiteta mineira Cheila Aparecida Gomes, 58. A apresentação do livro, no Theatro José de Alencar, em Fortaleza, será acompanhada por um recital de música com a pianista Joana Cunha de Holanda, natural de Brasília. Ela é professora de piano na Universidade Federal de Pelotas. "A festa do lançamento do livro é das rendeiras de Canaan, por isso, quero que ela estejam presentes", conclui Rosa Cunha.


SERVIÇO

Lançamento do livro Tecendo Rendas e Vidas - Artesãs de Canaan, de Rosa de Lima Cunha e Cheila Rosa Aparecida Gomes, dia 26 próximo, com recital de piano da brasiliense Joana Cunha de Holanda, professora da Universidade Federal de Pelotas. Às 19h no foyer do Theatro José de Alencar - entrada gratuita.


SAIBA MAIS
O trabalho com bilros é feito numa pequena almofada dura, sobre a qual se fixa um cartão, perfurado segundo o desenho, que orienta a rendeira. Os fios presos aos bilros - pequenas peças de madeira torneada em forma de pêra - se entrelaçam com o movimento rotativo que lhes imprime a rendeira. Ela pega e retém os pontos, um a um, com alfinetes, que são mudados de lugar à medida que o trabalho progride.

Os bilros são manejados por pares, simultaneamente; padrões muito complexos podem exigir o emprego de 14, 18 ou mesmo mais de 20 pares de bilros. No passado as rendeiras se reuniam na casa de uma delas, ou na porta da rua, na calçada, nas praças, debaixo das árvores e, enquanto faziam renda, conversavam, cantavam, diziam versos.

A manufaturaria de rendas em Portugal é anterior ao século XVIII, tendo atingido seu apogeu no século seguinte. De inspiração flamenga, a renda de bilros se difundiu no norte do país, espalhando-se depois por todo o litoral, entre as povoações de pescadores.

No Nordeste brasileiro, as rendeiras se concentram no litoral. São mulheres e filhas de pescadores. Sua atividade permite-lhes auxiliar as despesas da casa, raras vezes constituindo meio de vida autônomo. O aprendizado inicia-se por volta dos 6 anos de idade, quando a menina já tem os instrumentos da rendeira -almofada e bilros - incluídos entre os seus brinquedos.

As rendas mais encontradas são "a metro" (em bicos ou pontas, usadas para margear os tecidos e entremeios); "em quadros" (compondo quadrados de diversos tamanhos que, depois de prontos, são costurados e formam toalhas de mesa, guardanapo, colchas etc.); "aplicações"(em forma de flores, folhas, corações e leques, servem para enfeitar tecidos e palas); e "inteiriças" (numa peça só, difíceis de fazer, são aplicadas no decote de camisolas, blusas, vestidos e roupas de crianças).

FONTE: Sebrae-CE

EMPREENDIMENTOS ECONÔMICO SOLIDÁRIO

Capacitar para consolidar a Associação Artesãs e Agricultores de Canaan

A ARTECAN – Associação de Artesãs e Agricultores de Canaan tem como objetivo a produção artesanal de peças diversas de vestuário, artigos de cama e mesa e acessórios pessoais, onde são aplicados trabalhos de renda de bilro, e também a produção de doces, geléias e alimentos diversos com as frutas e produtos locais. A Associação visa também aprimorar o processo de organização da produção solidária e comercialização desses produtos, até então realizadas por meio de iniciativas individuais, procurando aprimorar o rico conhecimento tradicional nessas áreas e difundi-lo a outros interessados.
No campo da alimentação, a partir frutas locais cujo sabor é acentuado pelo clima quente e seco (goiaba, caju, banana, manga), alem de geleias e doces são produzidas receitas na base do leite de coco (peixes, carnes, galinhas, farofas, feijão, arroz, cuscus, cambica de batata, bolo de goma, rapadura de coco) e mel da cana e também do caju.
A Associação de mulheres artesãs e produtores de alimentos conta com um número de 150 participantes, na grande maioria formada por mulheres. 90% dos associados são mulheres, rendeiras, bordadeiras, doceiras, donas de casa e jovens interessadas em aprender uma atividade. A existência do grupo organizado proporciona o desenvolvimento de um trabalho complementar na discussão das questões de educação, gênero, sexualidade, saúde, nutrição, considerando a necessidade de reestruturação das relações sociais deste grupo e seu valor comunitário, resgatando sua auto estima e a valorização do trabalho que realizam. Realizou dois eventos em Praça Pública para divulgação do trabalho das rendeiras, bordadeiras, costureiras e doceiros; participou de Feiras e Seminários realizados pelo Governo Federal ou Movimentos Sociais como MOAB e é membro efetivo do CEART –
Centro de Artesanato do Ceará, tendo participado da 4ª feira Nacional de Agricultura Familiar e Reforma Agrária em Brasília em outubro de 2007.
A ARTECAN realiza as seguinte atividades::
1. Prestação de serviços que possam contribuir para o fomento a racionalização das atividades voltadas para a agricultura, explorações artesanais e manufaturas caseiras que visem melhorar as condições de vida de seus associados.
2. Discussão e treinamento para melhoria do convívio e integração de seus associados..
3. Desenvolvimento de atividade para melhoria das condições de vida das famílias residentes em Canaan, especialmente aquelas vinculadas a ARTECAN através do associado.

AUTOR: Rosa de Lima Cunha

MAIS INFORMAÇÕES:
Artecan - Rua José Nicodemo, 153 – Distrito de Canaã – Trairi/CE - Fone: (85) 3351-2204